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Vacina contra câncer "estará pronta até o fim da década", diz diretor da Moderna


Por conta do avanço da tecnologia de RNA mensageiro com os imunizantes da Covid-19, as vacinas contra o câncer e doenças cardíacas podem se tornar realidade até o final da década, de acordo com Paul Burton, diretor médico da farmacêutica Moderna. A declaração foi feita com exclusividade ao jornal inglês The Guardian e foi publicada neste último sábado, 8.


“Teremos essas vacinas e elas serão altamente eficazes e salvarão muitas centenas de milhares, senão milhões, de vidas. Acredito que seremos capazes de oferecer vacinas personalizadas contra o câncer, contra vários tipos de tumores diferentes, para pessoas em todo o mundo”, diz o pesquisador.


O diretor ainda explica que a pandemia acelerou o desenvolvimento da tecnologia de RNA mensageiro, além de possibilitar o aumento da produção de imunizantes. “Nos tornamos extremamente bons em produzir grandes quantidades de vacinas muito rapidamente.”


O RNA mensageiro, de acordo com o O Globo, atua como um manual de instruções que ensina as células a produzirem uma determinada proteína que é lida pelo sistema imunológico e, a partir disso, anticorpos e células de defesa são desenvolvidas. “Estaremos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, editar isso e repará-la usando a tecnologia baseada em RNAm”, diz Burton.


Segundo a Época, em janeiro deste ano, a Moderna havia publicado os resultados de uma pesquisa em estágio final de uma vacina experimental de RNAm para doenças respiratórias. Os dados sugeriram que o imunizante foi 83,7% eficaz na prevenção de pelo menos dois sintomas, como tosse e febre, em adultos com 60 anos ou mais.

"Teremos terapias baseadas em RNAm para doenças raras para as quais antes não havia medicamentos e acredito que daqui a 10 anos estaremos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, removê-la e repará-la usando a tecnologia baseada em RNAm", acrescenta Burton.


Fonte: O Povo


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