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Sustentabilidade e economia circular no empreendedorismo.


O empresário varejista que deseja garantir um lugar no futuro precisa reavaliar a cultura e os processos da sua empresa, mapeando o que funcionava antes, em um outro contexto, e embarcando em uma nova fase de negócios, buscando mais inovação. Nessa linha, dois termos ganham destaque e se tornam cada vez mais importantes no empreendedorismo moderno: sustentabilidade e economia circular, que estão totalmente interligados.


Estamos chegando numa nova era de um varejo mais responsável, consciente e sustentável. A ideia por trás da economia circular é ser durável, reciclável e renovável. Ou seja: associar o desenvolvimento econômico com o melhor uso e a otimização dos recursos utilizados na fabricação dos produtos, desde a matéria-prima até um processo de fabricação mais sustentável.


Não basta mais apenas a preocupação em reduzir emissões de gás carbônico e de implementar a logística reversa. E nem também só o trabalho híbrido que, por exemplo, é um caminho para repensar as relações de trabalho e o impacto da mobilidade, do estresse, do desperdício de tempo, sem prejudicar a qualidade da produção da equipe.


Os consumidores querem mais e estão cada vez mais conscientes. Prova disso é o aumento do chamado “re-commerce” (o “desapega” ou produto de segunda mão).


Esse modelo de comercialização de produtos tem tido impacto nos resultados de muitas empresas. Para o cliente, não é mais só uma forma de comprar mais barato, e sim de minimizar a culpa pelo impacto do consumo no planeta. Assim, se beneficiam de produtos que ainda estão com a vida útil em dia e, por isso, acabam circulando por mais tempo no mercado.


Aos varejistas que enxergam essa tendência como ameaça, vai uma prova de que é sim uma oportunidade: esse é um mercado que tem crescido muito nos últimos tempos no EUA, onde a venda de produtos de segunda mão pelas próprias marcas movimenta 32 bilhões de dólares atualmente e nos próximos quatro anos deve dobrar de tamanho, chegando a 64 bilhões de dólares.


Quem já trilhou esse caminho indica que isso é algo que não deve ser uma preocupação das marcas. Afirmam que o consumidor se torna mais fiel e continua consumindo produtos novos e os de segunda mão quando estabelece esse vínculo de consciência e sustentabilidade com o varejista.


Nesse modelo, o consumidor assume outro papel, que é o de fornecedor da cadeia. Forma-se então uma cadeia de abastecimento bilateral que acaba por exigir uma grande gestão de mudança no modelo do negócio.


Assim, um caminho verdadeiramente sustentável, sem dúvida, exigirá alteração de perspectiva.


Para muitas organizações varejistas será necessário investir em tecnologias e mudar processos. Mas é crucial que temas importantes como a sustentabilidade estejam nas bases das estratégias de crescimento do varejo.


Fonte:tribunaonline

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