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Profissional de Educação Física: novos potenciais em movimento.


Eles estão nas academias, nos hospitais, nas clínicas e até nas redes sociais. Enquanto a tecnologia e o acesso à informação avançam na sociedade, as pessoas cada vez mais bem informadas vão criando novas demandas em busca de um estilo de vida mais ativo e saudável.


sso tem aberto um novo mundo de possibilidades para os profissionais de educação física, cada vez mais multidisciplinares e prontos para seguir as evidências científicas em busca de bem-estar. A área nunca foi tão valorizada como agora, mas também impõe a esses especialistas novas maneiras de atender as necessidades da população.

“As pessoas hoje têm muito acesso ao que é saudável, o que pode trazer benefícios para a vida delas. E a prática de atividade física, de um estilo de vida ativo, está sendo muito disseminada”, atesta Diane Nocrato, docente e coordenadora do curso de Educação Física da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz. “Isso faz com que esse profissional precise acompanhar as mudanças para promover a essa sociedade um resultado satisfatório”, acrescenta. O novo perfil do profissional da educação física ainda está sendo desenhado. Em geral, as demandas do mercado apontam para um conhecimento multidisciplinar, com competências complementares que vão de gestão e comunicação à desenvoltura nas redes sociais.

Além das tradicionais academias e da possibilidade de lecionar em escolas, esses novos experts podem operar diretamente com a prevenção em saúde. Também há espaço para empreender e atuar diretamente no ambiente online. Outra porta que se abriu nesta evolução foi o trabalho dentro de grupos pluriprofissionais e especializados em nichos, como idosos, mulheres e pessoas com determinadas condições de saúde.

“Esse profissional de educação física hoje é visto como um profissional da área da saúde efetivamente e precisa apresentar diferenciais dentro desse processo”, aponta Diane Nocrato. Ela se refere tanto ao nível de conhecimento quanto à aplicabilidade desse saber.

"Hoje o profissional da educação física é muito mais ativo e visto dentro do mercado de trabalho com uma importância maior na promoção da saúde e nos programas de prevenção”, avalia Diane Nocrato, docente e coordenadora dos cursos de Educação Física na Unifor


Essenciais à saúde

Foi justamente esse perfil mais voltado à saúde e ao bem-estar da profissão que atraiu a estudante Camila Tainá para a graduação em Educação Física da Unifor. Ela já havia cursado Publicidade e Propaganda na Universidade, mas, após algum tempo no ramo, achou que sua saúde e qualidade de vida deveriam estar em primeiro lugar. Como sempre gostou de praticar esportes, decidiu voltar à instituição há quase quatro anos.


Durante o curso, encantou-se pelos “grupos especiais”, como mulheres e idosos. A mudança do perfil populacional com maior expectativa de vida no país a ajudou a apostar nesta área. “Tenho prazer em ajudar a devolver a estas pessoas uma vida mais funcional e com qualidade. Além de que, no mercado, há poucos profissionais atuando”, conta.

“Além de ofertar ensino de qualidade, com professores renomados no mercado, a Unifor oferece meios para a pesquisa e extensão ofertando espaços com equipamentos e ambientes de qualidade para o aprendizado do aluno”, diz Camila Tainá, estudante do 8º semestre do bacharelado em Educação Física


E Camila não está esperando terminar o curso para começar a destacar-se na saúde feminina e gerontológica. O conhecimento em comunicação lhe ajuda no uso das redes sociais (no Instagram @camilataina) para dar dicas a este público. Lá, ela posta sua própria rotina ativa e dá uma série de dicas para ter um estilo de vida mais saudável e prevenir doenças.


Ela está ciente de que o novo profissional da área precisa ser multidisciplinar e estar muito antenado para se tornar um “educador em saúde”. “Devemos buscar não somente o rendimento físico e estético do aluno, mas também entender que o corpo e a mente não estão desvinculados”, diz. Para ela, o ensino na Unifor forma o aluno para ter êxito com este novo perfil.

Exercício físico para envelhecer com sucesso

Para o professor em Educação Física Rossman Cavalcante, a área se tornou elemento chave na equipe responsável pela prevenção e promoção da saúde de alguns grupos, como o de idosos, por exemplo.


“Um dos conceitos mais atuais quando se pensa na terceira e quarta idade é o de envelhecimento bem-sucedido, cujos pilares incluem saúde física, saúde mental, independência na vida diária, integração social, suporte familiar e independência econômica. Somente o exercício físico já é capaz de desenvolver quatro desses seis pilares”, explica.

Rossman Cavalcante é egresso da Unifor e docente universitário. Deixou a carreira militar na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) para cursar licenciatura plena em Educação Física na Unifor, há 35 anos.


“Trabalhei em escolas, academias, equipes esportivas – incluindo a primeira dupla de vôlei de praia (Franco e Roberto Lopes) campeã mundial em 1994”, enumera. Mas decidiu concentrar seus esforços em duas áreas que cresciam com as mudanças sociais: a avaliação e prescrição de exercícios para indivíduos que apresentam alguma condição de saúde específica e o treinamento esportivo de praticantes recreativos de corrida de rua ou trilha.


Agora professor, ele avalia que o profissional de Educação Física tem procurado acompanhar as novas demandas do mercado. Especialmente na área da saúde, por conta das pesquisas sobre os benefícios da prática de atividade física para o bem-estar do corpo e da mente.


Mas Rossman adverte que é importante ter cuidado para não deixar que a pressa de preencher essas lacunas leve os profissionais a não se aprofundarem em questões que vão além da técnica. “Acabam perdendo oportunidades melhores porque lhes faltam habilidades básicas de gestão, soft skills e planejamento de carreira”, pontua.


Mentorias e conteúdos: portas abertas nas redes sociais


É justamente auxiliando os novos profissionais da educação física no planejamento de carreira que atua Emmanoel da Costa Arrais, também egresso do curso da Unifor e que hoje atua na área de gestão. Com mais de 2.500 seguidores no Instagram (@emmanoel_arrais), ele tem investido na produção de conteúdo e em mentorias. Lá, ele ajuda o personal trainer a mergulhar em uma carreira baseada em empreender e gerir o próprio negócio.

“Na rede social, você tem que mostrar o que você faz e mostrar verdadeiramente algo de qualidade para que, quando as pessoas estiverem com você frente a frente, elas possam consumir isso e ver resultados reais”, defende, alertando que é preciso ter cuidado para produzir conteúdos baseados na ciência, a fim de não contribuir para um descrédito à profissão.


Segundo Emmanoel Arrais, o conhecimento técnico na área foi se tornando mais robusto ao longo dos anos, criando profissionais que conseguem colocar em prática treinos seguros e o que a ciência já atestou que traz benefícios à saúde.


“Mas não basta esse conhecimento técnico, é preciso algumas outras habilidades”, diz, elencando competências como conhecimentos de gestão e de comunicação, além da compreensão das mudanças de comportamento social.

Uma área com potencial forte para crescer

A valorização na área da educação física tem atraído muitos jovens num momento em que o mercado cresce e precisa de profissionais capacitados. É o caso da estudante Grasiella Pacheco. Ela escolheu o curso de bacharelado da Unifor porque sempre foi apaixonada por dança e queria trabalhar na musculação, mas logo seu horizonte se abriu.


“Hoje eu vejo o tamanho que é o nosso curso e, pra ser bem sincera, é até difícil escolher focar só em uma coisa”, conta. No instagram (@tiagrasii), ela costuma postar dicas e sua rotina de estágios e vivências na Universidade, que não são poucas e já foram da dança à musculação e à hidroginástica.


Agora, ela está singelamente apaixonada pela licenciatura. “Pretendo atuar nas escolas e principalmente focar no mestrado e no doutorado para, um dia, lecionar em uma universidade”.

“Na Unifor, tive a oportunidade de ter vivências dentro e fora do curso, desde ser monitora, participar de ligas acadêmicas, grupos de estudos, trabalhos voluntários, elaboração de eventos e festivais”, lembra Grasiella Pacheco, estudante do curso de Educação Física da Unifor


O sonho de empreender na gestão esportiva


Outro graduando de Educação Física da Unifor apaixonado pela área é Héracles Paiva Aguiar, ex-atleta profissional de futebol do Athletico Paranaense. Por conta de lesões, ele precisou encerrar a carreira precocemente e buscava um lugar para agregar o conhecimento adquirido com essa vivência ao embasamento científico.


Quando se formar, ele pretende atuar na gestão esportiva. “Quero ter a minha própria empresa voltada para esportes e assim contribuir na vida de inúmeras pessoas”, planeja.


E estrutura para desenvolver o perfil necessário para isso não falta na Unifor, como reconhece o Héracles. Além de professores capacitados, ele destaca a qualidade do espaço físico da universidade.

“Nós temos à nossa disposição um amplo espaço, como quadras, campos, pista, salas e laboratórios que fazem total diferença na nossa experiência acadêmica. E, por fim, percebo uma receptividade bem grande em relação à inclusão, fazendo com que a gente vivencie na faculdade o que possivelmente iremos enfrentar no mercado de trabalho” – Héracles Paiva Aguiar, aluno de Educação Física na Unifor e ex-atleta profissional de futebol


Uma mesa para dialogar sobre o novo perfil profissional na área


Sempre de olho nas demandas do mercado, a Unifor celebrará o Dia do Profissional de Educação Física, no dia 1º de setembro, com uma mesa redonda com professor e alunos egressos para falar sobre o novo perfil profissional na área. O evento ocorrerá às 8h, no Teatro Celina Queiroz, com a participação dos egressos Rossman Cavalcante e Emmanoel Arrais.


Será uma oportunidade para mostrar como este profissional mudou e precisa atuar com um caráter mais amplo do que aquela velha visão tecnicista sobre ele. “Um profissional que só tratava especificamente de esportes ou de técnicas específicas e passou a ser um profissional envolvido dentro da promoção da saúde”, diz a coordenadora Diane.


Fonte:g1.globo

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