Nesta quinta-feira, 16, o governo do Reino Unido anunciou a decisão de proibir que os telefones oficiais tenham acesso à plataforma TikTok, uma vez que, segundo eles, haveria risco para a segurança digital já que as autoridades chinesas poderiam acessar dados através da plataforma amplamente utilizada atualmente.
O TikTok, que se popularizou de forma significativa durante a pandemia de covid-19, é de uma empresa chinesa chamada ByteDance. Não só o Reino Unido se mostrou incomodado com a presença da plataforma, mas como diversos outros países estão avaliando a situação com temor de que a rede possa ser utilizada para promover a visualização de conteúdos que sejam favoráveis à China, ou ainda, coletar dados dos usuários. Os administradores da rede social negam veementemente tais possibilidades.
Mesmo que diversas empresas jornalísticas e pessoas de todas as idades tenham aderido ao uso do TikTok, é notório que existe uma preocupação política com a rede entre governos e parlamentos. Canadá, Bélgica, a União Europeia, o Congresso Americano, mais da metade dos estados norte-americanos e diversos outros países já tomaram medidas restritivas contra a plataforma anteriormente.
O governo britânico, por sua vez, afirma que realizou uma análise sobre a vulnerabilidade dos dados do governo de aplicativos de mídia social em dispositivos e riscos sobre como informações confidenciais podem ser acessadas e usadas. “Dada a natureza potencialmente sensível das informações armazenadas em dispositivos governamentais, a política oficial sobre o gerenciamento de aplicativos de terceiros será fortalecida e uma proibição preventiva do TikTok em dispositivos governamentais está sendo introduzida”, explicaram.
Nesta quinta-feira, a China também denunciou “ataques injustificados” dos Estados Unidos ao TikTok após o presidente do país, Joe Biden, ter recomendado que o aplicativo se separasse de sua empresa chinesa para que não fosse proibido em solo americano. “Os Estados Unidos ainda não forneceram nenhuma evidência de que o TikTok ameace a segurança nacional”, disse o porta-voz do ministério de Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin.
Fonte: O Estado CE
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