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Pandemia impulsiona municípios a priorizarem cidades inteligentes


Para 65% dos líderes municipais – incluindo prefeitos, secretários de planejamento e outros gestores envolvidos na rotina administrativa de uma cidade - a maior lição da pandemia foi o quão cruciais são os programas de cidades inteligentes para o futuro. A maioria absoluta deles, ou 88%, elencam as plataformas em nuvem como requisito mais urgente para a entrega de serviços aos cidadãos. É o que demonstra um estudo da ESI ThoughtLab divulgado nesta segunda (26/04/21), e patrocinado por grandes players do setor de tecnologia. O estudo foi conduzido entre agosto e setembro de 2020 e ouviu decisores públicos de 167 cidades em 82 países, incluindo na América Latina. Eles controlam municípios que abrigam 526 milhões de pessoas, ou 6,8% da população mundial. Todos têm pelo menos um milhão de habitantes. A principal conclusão do relatório é que as autoridades municipais do mundo estão considerando programas de cidades inteligentes um imperativo. Nuvem e inteligência artificial são as tecnologias mais observadas por eles: 66% disseram estar investindo em IA e 80% o farão nos próximos três anos, principalmente em assistentes digitais e chatbots. Continuidade e agilidade operacional foi apontado como motivo para investir por 43% dos gestores municipais. E 37% disseram que a COVID-19 tornou necessário investir mais em infraestrutura. Topo do ranking As cidades foram avaliadas e categorizadas com base no progresso em duas categorias: uso de soluções inteligentes e progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). As que se destacaram em ambas são chamadas de Cidades 4.0 – hiperconectadas, sustentáveis e avançadas no uso de tecnologia, dados e envolvimento do cidadão. Cem por cento das que receberam o título de Cidades 4.0 já fizeram investimentos pesados em nuvem. O retorno médio sobre os investimentos em infraestrutura digital feitos por elas é de 5,74%. Entre as cidades 4.0 estão Barcelona (Espanha), Berlim (Alemanha), Boston (EUA), Londres (Inglaterra), Moscou (Rússia) e Paris (França), entre outras. Nenhuma cidade brasileira recebeu o título. Rio de Janeiro e São Paulo aparecem em posições intermediárias, tanto no ranking de uso de tecnologia como no de ODS. Preocupações com segurança Apesar da preocupação, muitas cidades estão assustadas com ameaças cibernéticas. 60% dos líderes municipais não acham que suas cidades estão protegidas de ataques, internacionais ou domésticos, devido a vulnerabilidades decorrentes de restrições financeiras, pessoal reduzido e outros fatores. Entre as Cidades 4.0, a segurança cibernética já é considerada desde o início dos projetos. Para 95% dos líderes delas, o nível de confiança em suas estruturas de segurança cibernética é alto, em comparação com apenas 8% das cidades que foram classificadas como iniciantes na jornada de cidade inteligente. Leia o relatório completo (em inglês) nesse link.

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