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Foco no lazer também!!


Vivemos a era dos ladrões de atenção — e está ficando cada vez mais difícil se concentrar.


Em 2004, a cientista Gloria Mark, da Universidade da Califórnia (EUA), que estuda o impacto da tecnologia e da mídia digital na vida das pessoas, cronometrou por quanto tempo funcionários de uma empresa de gestão de investimentos conseguiam permanecer focados em uma mesma tarefa. O resultado foi surpreendente: dois minutos e 30 segundos. Com essa duração, não seriam capazes de ouvir por inteiro clássicos de Elvis, como Suspicious Minds.


Em 2012, a psicóloga repetiu o experimento e deparou com um tempo ainda menor: 75 segundos. Em 2020, nova aferição, e novo susto: 47 segundos. “Estamos focados quando nossa mente assume o controle de algo e exclui todo o resto”, define a pesquisadora.


Se o celular — ou melhor, o uso nocivo e abusivo dele — pode ser considerado um vilão para a atenção, a meditação é uma das práticas mais defendidas como aliada. Essa visão vem sendo reforçada pela ciência, mas tem raízes milenares.


Quem explica é o filósofo Malone Rodrigues, que ensina técnicas de relaxamento e bem-estar na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS):


“Em geral, associamos a meditação apenas a práticas espirituais orientais como o budismo. Mas todas as religiões, do islamismo ao cristianismo, são adeptas. E, a partir da década de 1960, ela passou a ser estudada e utilizada também no meio médico e científico”.


A meditação seria, assim, um caminho para reprogramar a mente. “Foco é importante para tudo: até para os momentos de lazer. Quando saio para passear, não fico pensando em trabalho. Muita gente está com o corpo na balada e a cabeça no escritório. E vice-versa. Não dá para viver assim, no modo piloto automático”, alerta Rodrigues.


Fonte: Veja Saúde

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