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Eletrificação impulsiona a sustentabilidade.


Dois terços das emissões globais de carbono resultam da forma como a energia é produzida, distribuída e consumida, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). As mudanças climáticas estão, portanto, diretamente associadas ao dilema energético do planeta. “Um caminho de grande potencial para descarbonizar as emissões provenientes da energia é a eletrificação”, defendeu Rafael Segrera, presidente para a América do Sul da Schneider Electric, durante o evento “As consequências reais da Reunião do Clima da ONU”, edição do Diálogos Estadão Think que, no dia 29 de novembro, debateu os resultados da COP27, a 27ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no Egito.


A empresa defende o conceito de Eletricidade 4.0, baseado no entendimento de que a eletricidade é a energia mais eficiente e o melhor vetor para a descarbonização e que a digitalização é fundamental para medir impactos em tempo real e identificar oportunidades para ganhos eficiência nos processos e no uso de recursos como energia e água. Cenários do Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade da Schneider mostram que estimular uma transição impulsionada pela demanda energética é o único cenário em que as emissões cairão na velocidade necessária para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau.


A combinação entre descarbonização da geração da energia, aceleração da eletrificação da economia e impulso à eficiência energética e à circularidade pode ajudar a reduzir as emissões globais em 15 gigatoneladas de CO2 até 2030. “É fundamental que os setores público e privado se unam para quebrar o impasse em que estamos atualmente e implantar essas soluções em alta escala, porque as tecnologias já existem. Uma das conclusões da COP27 é que está faltando a urgência que a situação pede”, disse Segrera. Algumas das transformações necessárias citadas por ele são a eletrificação do transporte rodoviário e a digitalização das indústrias.


Indicadores confiáveis


Com 75 anos de atividades no Brasil, a Schneider Electric está em uma jornada de profunda transformação, que a levou a se tornar referência global em sustentabilidade. Líder em transformação digital e gerenciamento e automação de energia, a companhia vem sendo consistentemente qualificada no topo dos rankings que avaliam indicadores ESG (Ambiental, Social e Governança) – em 2021, recebeu o título de empresa mais sustentável no ranking Global 100 da Corporate Knights.


Das empresas que integram a lista Fortune 500, 30% são assessoradas em suas estratégias ESG pela Schneider, que disponibiliza uma consultoria de sustentabilidade e gestão de energia com mais de 20 anos de experiência mundial e 2 mil especialistas, dos quais quase 100 estão no Brasil. Essa jornada é apoiada por um processo digital que mensura com precisão cada avanço na redução das emissões, no gerenciamento de riscos e na identificação de oportunidades associadas às mudanças climáticas.


Segrera ressaltou, durante o painel, a importância de indicadores confiáveis e cientificamente comprovados para combater a prática de greenwashing, termo que define a adesão falsa ou imprecisa dos preceitos de sustentabilidade – a Schneider foi uma das pioneiras em ter suas metas net zero validadas de acordo com o Net Zero Standard da iniciativa Science Based Targets (Metas Baseadas em Ciência), criada em 2015 pelo Pacto Global da ONU e o CDP, o World Resources Institute (WRI) e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). O Net Zero Standard é um conjunto de critérios, métodos e orientações para que as empresas possam chegar às emissões líquidas zero (ou net zero emissions, em inglês).


A necessidade de produzir e divulgar dados íntegros foi um tema relevante da COP27 – durante a conferência, houve a entrega do primeiro relatório pelo grupo de especialistas de alto nível sobre os compromissos de emissões líquidas zero de entidades não-estatais, criado em março deste ano. “Não é apenas publicidade: reivindicações falsas de net zero aumentam o custo que, em última análise, todos terão que pagar”, disse a presidente do grupo, Catherine McKenna, ex-ministra canadense do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.


Ciclo contínuo

Muito do trabalho de consultoria realizado pela Schneider Electric é baseado em sua própria jornada de sustentabilidade. Algumas das metas assumidas pela empresa incluem cortar pela metade as emissões dos seus 1 mil principais fornecedores até 2025 e evitar ou reduzir 800 milhões de toneladas métricas de CO2 nos clientes, por meio de seus produtos, serviços e soluções. Outro objetivo para o mesmo prazo é chegar a 80% da receita oriunda de ofertas que trazem eficiência energética, climática ou de recursos para os clientes, sem gerar impacto ambiental significativo – hoje, esse percentual já está em 71%.


A experiência acumulada pela Schneider Electric levou à identificação de três grandes pilares que sustentam a jornada das empresas líderes em sustentabilidade: estratégia, digitalização e descarbonização.


A estratégia diz respeito à definição de ações, baseadas na ciência e na realidade da organização, para a medição da pegada de carbono e a definição de uma rota de descarbonização, com a estruturação de um programa e apoio da governança. Com a digitalização, monitora-se com precisão, e em tempo real, o uso dos recursos e as emissões, o que facilita a identificação de oportunidades de melhoria. Descarbonizar significa eletrificar as operações, reduzir o consumo de energia, substituir energias de combustíveis fósseis por energias renováveis e envolver toda a cadeia de valor nesse processo. “Globalmente, a energia elétrica responde por apenas 8% do total. Se multiplicarmos esse índice por três, o impacto positivo será gigantesco”, avaliou Segrera.


Todo esse processo não ocorre de forma linear, mas como um ciclo contínuo, que resulta em mais eficiência, flexibilidade, resiliência, inovação, rentabilidade e ações reais de contribuição para um mundo mais verde e sustentável.


Fonte:estadao

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