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Eixos temáticos para a sustentabilidade da soja são destaque da Embrapa Soja no Belasafra.



A Embrapa Soja irá participar do Belasafra 2023, evento promovido pela empresa Bela Agrícola, na Unidade de Difusão de Tecnologia da empresa, em Cambé (PR), entre 31 de janeiro a 03 de fevereiro, apresentando duas cultivares de soja (BRS 1061IPRO e BRS 1064IPRO) e debatendo os quatro eixos temáticos de pesquisa em que vem atuando: Soja Baixo Carbono, Bioinsumos, Genética Avançada e Agricultura Digital.


De acordo com o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, as ações de pesquisa atuais estão voltadas para o aumento da produtividade com racionalização de custos, permitindo a obtenção de renda adequada ao produtor, segurança alimentar e benefícios sociais. “Aliado a isso, as novas tecnologias vem contribuindo com a conservação dos recursos ambientais e a mitigação da emissão de gases causadores do efeito estufa”, defende Nepomuceno. “Por isso, estamos centrando esforços das nossas equipes numa atuação estratégica em quatro grandes eixos temáticos focados em sustentabilidade dos sistemas produtivos”, comenta.


Podcast - Durante a feira, os pesquisadores da Embrapa Soja e os representantes da Bela Agrícola irão debater ainda diferentes temas técnicos, por meio de podcast. Confira a programação de podcast da Embrapa no Belasafra


31/01 - Tecnologia de aplicação - foco em drones Rafael Soares, pesquisador da Embrapa Soja


01/02 - Fertilidade do solo Fábio Alvares de Oliveira, pesquisador da Embrapa Soja


02/02 - Produtos biológicos e rotação de culturas Claudine Dinali Seixas e Henrique Debiasi, pesquisadores da Embrapa Soja


03/02 - Qualidade de sementes

José de Barros França Neto, pesquisador da Embrapa Soja


Conheça os principais eixos de atuação da pesquisa em soja


Genética Avançada – A Embrapa Soja vem investindo em diferentes frentes da genética: do melhoramento clássico, à edição do genoma da soja. Neste sentido, atua com transgenia e edição gênica, seleção assistida por marcadores moleculares e abordagens inovadoras para geração de novas soluções para manejos integrados para questões fitossanitárias e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A tecnologia de edição de genomas, por exemplo, possibilita alterar partes do DNA da própria soja modulando características desejáveis, sem a necessidade de introdução de DNA de outras espécies, preservando a biossegurança e reduzindo os custos de colocação no mercado de tecnologias de base biotecnológica. “A Embrapa Soja vem utilizando a genética avançada para desenvolver cultivares de soja altamente produtivas e com características de interesse como maior tolerância à seca e de melhor qualidade industrial. Outras tecnologias de ponta, como o uso tópico de RNA interferente para controle de pragas e a seleção assistida por marcadores moleculares em alta performance, são também ações de pesquisa e desenvolvimento na Embrapa Soja”, ressalta Nepomuceno.


Bioinsumos - A Embrapa Soja tradicionalmente desenvolve pesquisas relacionadas aos insumos biológicos, a exemplo das tecnologias para controle biológico de pragas em soja e da Fixação Biológica do Nitrogênio. Para atender aos desafios crescentes relacionados à utilização de bioinsumos, a Empresa vem atuando para aumentar a participação de insumos biológicos no controle de pragas, doenças e na promoção do crescimento em sistemas de produção convencional e de base agroecológica. Também busca estimular a diminuição do uso de fertilizantes de origem não renovável por insumos de base biológica na soja. A partir de suas coleções de microrganismos, a Embrapa Soja vem atuando na prospecção e no desenvolvimento de bioinsumos inovadores. “O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta e transformar esse recurso com valor imensurável em tecnologias para produção sustentável de soja é uma oportunidade fantástica para a Embrapa Soja e parceiros”, defende Nepomuceno. “Além da utilização direta de organismos vivos para manejo de pragas, fitonematoides e doenças, na fixação biológica de nitrogênio e na promoção no crescimento de plantas, há também um campo enorme para identificação de metabólitos produzidos por estes organismos, seu isolamento e produção para uso multifuncional – um grande desafio e uma grande oportunidade para a pesquisa brasileira”, explica Nepomuceno.


Soja Baixo Carbono - A trajetória de inovação na agricultura brasileira é ancorada em tecnologias que preservam o meio ambiente, reduzem as emissões de gases de efeito estufa e sustentam a transição para uma economia de baixo carbono. O Programa Soja Baixo Carbono (SBC), coordenado pela Embrapa Soja, em parceira com Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM, UPL, tem por objetivo mostrar a sustentabilidade da produção de soja brasileira, tornando tangíveis aspectos qualitativos e quantitativos desta sustentabilidade. O SBC está sendo pautado na mensuração dos benefícios e na certificação das práticas de produção que comprovadamente reduzam a emissão de GEEs em relação à média regional. A iniciativa tem utilizado uma metodologia própria, baseada em protocolos científicos validados internacionalmente, a partir de critérios objetivamente mensuráveis, reportáveis e verificáveis. A certificação da soja brasileira será voluntária, privada e de empresas especializadas (certificação de 3ª parte). Com base em critérios científicos, o SBC permitirá a valorização da soja produzida por meio do uso de boas práticas agrícolas, como Sistema Plantio Direto; Integração Lavoura-Pecuária; adequada inoculação visando a fixação biológica de nitrogênio; e manejo integrado de insetos-praga, plantas daninhas e doenças. “Além da possível captura extra de valor para o produtor e empresas que fazem parte da cadeia, o programa alavancará o uso de tecnologias sustentáveis na produção de soja, contribuindo para a melhoria da imagem da soja brasileira no mercado global”, afirma Nepomuceno.


Agricultura Digital - Os últimos anos vêm sendo marcados pela transformação digital da sociedade e no agronegócio brasileiro. Várias soluções já estão disponíveis e outras em desenvolvimento para atender às necessidades do campo e ajudar o produtor na tomada de decisão, favorecendo redução de custos e implementação de práticas cada vez mais sustentáveis. De acordo com Nepomuceno, a cultura de inovação na Embrapa Soja está se fortalecendo a cada ano, por meio de iniciativas como o edital de inovação aberta, o Soja Open Innovation, idealizado para possibilitar parcerias entre a Embrapa, startups e empreendedores inovadores em tecnologias digitais aplicadas ao agronegócio. Ao encontro das transformações no campo, a Embrapa Soja atua no desenvolvimento da agricultura digital, desde sensoriamento remoto via uso de imagens de drones e satélites, desenvolvimento de aplicativos para automação de processos, desenvolvimento de sensores e algoritmos para detecção de pragas e problemas climáticos em tempo real, uso de robótica para aplicação de insumos, entre tantas outras estratégias.


Cultivares de soja que estarão em demonstração no Belasafra


BRS 1061IPRO - A Embrapa Soja, em parceria com a Fundação Meridional, irá demonstrar a BRS 1061 IPRO, soja transgênica com tolerância ao herbicida glifosato e para controle de algumas espécies de lagartas. A cultivar pertence ao grupo de maturidade 6.1 e pode ter semeadura antecipadamente, encaixando-se se no sistema em sucessão/rotação da segunda safra. A BRS 1061 IPRO deve ser semeada em solos de alta fertilidade e apresenta moderada resistência ao nematoide de galha Meloidogyne javanica. A cultivar possui alta performance com estabilidade nas regiões acima de 500 metros e é indicada para REC 102: SC (Oeste e Nordeste), PR (Sudoeste); REC 103: SC (Centro-Norte), PR (Centro-Sul e Nordeste) e SP (Sul); REC201: PR (Oeste/Norte), SP (Médio Paranapanema); REC202: PR (Noroeste), SP (Sudoeste), MS (Sul); REC203: SP (Centro-Sul/Oeste); REC204: M S (Centro-Sul/Sudoeste). –


BRS 1064IPRO - A Embrapa Soja, em parceria com Fundação Meridional, irá demonstrar a BRS 1054IPRO que também é transgênica com tolerância ao herbicida glifosato e controle de algumas lagartas. Essa cultivar destaca-se pelo alto potencial produtivo com estabilidade e precocidade, sendo possível realizar a semeadura antecipada. Essa característica viabiliza sua inserção no sistema de sucessão e/ou rotação com outras culturas. A cultivar pertence ao grupo de maturidade 5.4 e deve ser semeada em solos de alta fertilidade. A BRS 1054IPRO apresenta resistência às principais doenças da soja, inclusive à podridão radicular de Phytophthora. Seu maior potencial produtivo é em altitudes acima de 700 metros nas regiões indicadas: REC 102 – RS (Missões, Planalto Médio e Alto Vale do Uruguai - Leste e Oeste); SC (Oeste, Meio-Oeste e Nordeste), PR (Sudoeste); REC 103 – SC (Centro-Norte e Serra Geral), PR (Centro-Sul) e SP (Sul).


Fonte:embrapa


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