Quando estamos no sentindo tristes ou sozinhos, muitas vezes, um abraço pode realmente ajudar a aliviar esses sentimentos. Evidências já mostraram que o toque físico consensual pode ser benéfico para a saúde mental, aliviando sintomas relacionados à ansiedade e depressão.
É pensando nesses benefícios que o Dia do Abraço é comemorado todo dia 22 de maio no Brasil, visando fortalecer os laços afetuosos entre as pessoas.
Mas, afinal, quais são os benefícios do abraço? A CNN listou o que os estudos científicos já descobriram sobre o assunto. Confira a seguir:
Reduz sintomas de ansiedade e depressão
Um estudo publicado na revista científica Nature neste ano, realizado com dez mil participantes, revelou que o toque físico, incluindo o abraço, pode aliviar dores e sintomas de ansiedade e depressão. A pesquisa também mostrou que a interação não precisa ser longa e que, quanto mais frequente, melhor.
Os pesquisadores descobriram, ainda, que o toque em robôs sociais, cobertores pesados e travesseiros de corpo também têm efeitos positivos na saúde mental. Entretanto, foi notado que o contato “pele com pele” é melhor para essa finalidade.
Reduz o estresse em mulheres
Um pequeno estudo publicado na revista científica PLOS One, em 2022, revelou que o abraço pode ajudar as mulheres a reduzirem o estresse. De acordo com os pesquisadores, o toque físico ajuda o organismo a liberar ocitocina, uma substância química conhecida como “hormônio do amor” por promover bem-estar e sentimentos de união.
Além disso, o estudo mostrou que o abraço pode reduzir o nível de cortisol no organismo, hormônio do estresse. Para chegar a essas conclusões, a pesquisa analisou 76 homens e mulheres que estavam envolvidos romanticamente. Os efeitos positivos não foram observados no público masculino.
Pode aumentar a saúde cardíaca
Um outro estudo, publicado no Journal of Behavioral Medicine em 2003, sugere que o abraço pode ser benéfico para a saúde do coração. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos: um que foi instruído a ficar de mãos dadas com seu parceiro romântico por 10 minutos e, depois, abraçá-lo por 20 segundos, e outro cujos casais foram orientados a ficarem sentados em silêncio por 10 minutos e 20 segundos.
Segundo o estudo, o primeiro grupo apresentou reduções significativas no nível de pressão arterial e frequência cardíaca em comparação ao segundo grupo. Para os pesquisadores, os achados sugerem que uma relação afetuosa, com toque físico, pode ser boa para a saúde cardíaca.
Pode reduzir a dor em quem tem fibromialgia
Uma pesquisa publicada na revista científica Holistic Nursing Practice em 2004 mostrou que o abraço pode ser terapêutico para pessoas com fibromialgia. A síndrome é caracterizada por dor que atinge o corpo todo, principalmente a musculatura, fadiga e sono não reparador.
O estudo submeteu os participantes do estudo, que eram pacientes com fibromialgia, a seis tratamentos de toque terapêutico, o que inclui o abraço. Cada tratamento envolveu toques leves na pele e, segundo a pesquisa, isso esteve relacionado à redução da dor e a melhora na qualidade de vida.
Pode reduzir a inflamação
Um estudo publicado em 2020, na Western Journal of Communication, sugere que o abraço pode ser capaz de reduzir a inflamação no corpo. Na pesquisa, a inflamação foi medida através de amostras de saliva de 20 adultos, que foram instruídos a registrarem o número de abraços que receberam durante 14 dias.
Os resultados mostraram que quanto maior o número de abraços recebidos, menos o nível de inflamação após o período do estudo.
Pode ajudar a reduzir a gravidade do resfriado comum
Um outro estudo, publicado em 2014 na Psychologial Science, mostrou que o abraço pode reduzir o estresse e, consequentemente, diminuir a gravidade da infecção causada por um resfriado comum, principalmente quando os abraços são frequentes.
Os achados foram encontrados após a análise com 404 adultos, que responderam um questionário e entrevistas sobre conflitos interpessoais e recebimentos de abraço, por 14 noites consecutivas. Posteriormente, os participantes foram expostos a um vírus que causa um resfriado comum e foram monitorados em quarentena para avaliar sinais de infecção e doença.
Fonte: cnnbrasil
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