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Cidade acessível é aquela que prioriza o pedestre.


Ir e vir é um direito de todo cidadão, e garanti-lo é característica fundamental na construção de uma cidade acessível. Desde as calçadas até o transporte público, todos os cidadãos devem se sentir confortáveis e contemplados no uso dessas ferramentas, independentemente de deficiência física, mobilidade reduzida ou qualquer outro aspecto.


Em Fortaleza, um dos guias para garantir a acessibilidade urbana a toda população é o Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza, que prioriza a mobilidade ativa, feita a pé ou por bicicleta. A partir de estratégias que orientam o poder público e os cidadãos, o material dita aspectos como inclinação das calçadas e das vias, rampeamento padrão e piso tátil. O objetivo é padronizar a mobilidade e garantir que esteja acessível a todos.


A coordenadora do Desenvolvimento Urbano (Courb) da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Camila Girão, aponta que chegar ao pedestre como elemento prioritário foi uma consequência. “É aquela concepção de que todo cidadão é pedestre em algum momento”, destaca.


O movimento Somos Cidades também acredita em priorizar os pedestres para contribuir com a acessibilidade e defende a lógica urbana de bairros que proporcionam ao morador opções de moradia, trabalho e lazer em um raio de curta distância.


“Do ponto de vista de acessibilidade fica mais fácil definir uma área onde as pessoas consigam transitar livremente, tanto por ter calçadas largas, rampas ou ruas de trânsito calmo, com uma pavimentação de blocos intertravados ou de paralelepípedo”, explica o CEO da BLD Urbanismo e participante do movimento, Irineu Guimarães.

Algumas iniciativas de acessibilidade


Bike sem Barreiras: passeios com três modelos de bicicletas adaptadas ocorrem quinzenalmente, de 8h às 12h, ao lado do Centro Cultural Belchior e em frente ao projeto Praia Acessível, na Praia de Iracema. O cadastro deve ser realizado no local. A iniciativa é uma parceria da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) com a Uninassau.


Travessias elevadas: faixas acima do nível da rua alinhadas com as calçadas. Objetivo é fazer com que os motoristas priorizem o espaço dos pedestres e mantenham uma velocidade segura.


Esquina Segura: alargamento de calçada exclusiva para pedestre.


Credencial para idosos e pessoas com deficiência: idosos com mais de 60 anos e pessoas com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial que comprometam a mobilidade podem obter credencial para utilizar as vagas especiais de estacionamento. Para isso, basta apresentar identidade, CPF, comprovante de endereço atualizado em Fortaleza e laudo médico que ateste a deficiência junto à AMC.


Cartão gratuidade para transporte coletivo: pessoas com deficiência podem solicitar o cartão por meio de agendamento na Diretoria de Acessibilidade, Sustentabilidade e Inclusão Social (Diasis). O atendimento é presencial na sede da Etufor e os documentos necessários são RG, CPF, comprovante de endereço e laudo médico.


Metrô de Fortaleza: as linhas operadas pela Cia Cearense de Transportes Metropolitanos apresentam...


-Rampas;


-Elevadores;


-Plataformas elevatórias (em operação na estação de Maracanaú, Linha Sul, devido à impossibilidade de construção de elevadores);


-Carros escaladores de escada (utilizados como alternativa em caso de manutenção de elevadores e plataformas elevatórias);


-Piso tátil (percursos fixados no chão com relevo para deficientes visuais transitarem com segurança);


-Mapa tátil (presentes em todas as estações da Linha Sul, trazem informações em braile sobre a localização dos principais pontos na estação);


-Avisos sonoros (informam o nome da estação pela qual o VLT ou metrô está passando e o nome da próxima estação. Estão em funcionamento na Linha Sul, em parte dos trens da Linha Oeste e em caráter experimental no VLT Parangaba-Mucuripe).


Fonte:opovo.com



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