O Ceará tem acompanhado um aumento alarmante no número de incêndios em residências, especialmente em condomínios. De acordo com o balanço mais recente divulgado pelo Corpo de Bombeiros, entre janeiro e maio deste ano, foram registrados mais de 500 incêndios em residências em todo o estado. Esse número representa um aumento de 13,6% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 454 incêndios.
Geralmente, os incêndios acontecem de uma hora para outra. Um exemplo recente aconteceu em um condomínio de Fortaleza, onde um casal de idosos, moradores de um apartamento no bairro Meireles, teve que se refugiar embaixo do chuveiro ligado para escapar das chamas.
A maioria desses incidentes é decorrente de instalações elétricas precárias, vazamentos de gás e descuidos domésticos, como panelas esquecidas no fogão, uso inadequado de velas e pontas de cigarros acesas. Em condomínios, o risco é ainda maior, pois o fogo pode se propagar rapidamente para outras unidades, especialmente se os sistemas de segurança estiverem em desacordo com as normas vigentes.
Por concentrar uma grande quantidade de pessoas, os condomínios são lugares que precisam contar com um bom planejamento contra incêndio, prevendo rotas de fuga seguras, elaboradas para evitar aglomerações e pânico, e ainda ter equipamentos para auxiliar moradores e bombeiros a evitar problemas maiores com o fogo.
O presidente da Associação das Administradoras de Condomínios (Adconce), Marcus Melo, destaca a importância da atuação do síndico. “A responsabilidade do condomínio é manter em dia a documentação exigida pelo Corpo de Bombeiros, junto com revisões periódicas das instalações elétricas e ter equipamentos e outros itens de segurança obrigatórios em pleno funcionamento, como é o caso dos extintores, hidrantes, e porta corta-fogo, por exemplo”, explica.
O Corpo de Bombeiros destaca alguns cuidados que os moradores devem observar para evitar esse tipo de incidente. Entre eles:
Realizar, a cada cinco anos, uma manutenção na rede elétrica;
Evitar ligar vários aparelhos em uma mesma tomada;
Não carregar o aparelho celular apoiado em sofá, cama, colchão e travesseiros;
Retirar o celular da tomada após a carga completa;
Ao sair de casa, desligar o registro do gás de cozinha e todos os equipamentos elétricos;
Trocar o registro e a mangueira do botijão de gás dentro do prazo de validade, após cinco anos de uso.
Fonte: O Estado CE
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