Max e Mello foram os primeiros cães resgatados pelo casal proprietário do abrigo; entidade está localizada no interior de SP e não tem incentivo governamental ou patrocínio
Esta postagem é uma homenagem é um incentivo às pessoas de nossas cidades que trabalham solidariamente com recolhimento, tratamento e encaminhamento para doação de animais em situação de rua
A MaxMello nasceu depois que dois cães mais que especiais chegaram até Sandra e Francisco.
A vida de Sandra Guilarducci nunca foi como a de qualquer brasileira. Desde criança, cercada de animais, ela descobriu neles sua primeira paixão e entendeu que não poderia jamais viver distante daquilo que seria seu destino. Já na vida adulta, casada com Francisco Barbosa, Sandra fundou a ONG MaxMello, e com ela tornou-se uma das protetoras mais respeitadas da causa animal no Brasil.
Sandra e Francisco moravam em São Paulo e dividiam a casa com 3 cães e 8 gatos, mas as dificuldades com os vizinhos - que não aceitavam a presença dos animais e até os envenenavam - fizeram com que o casal optasse por uma mudança radical em suas vidas. Eles deixaram a vida na capital e foram para Ibiúna, interior de São Paulo, onde poderiam deixar seus mascotes livres em um sítio de mil metros quadrados. A chegada em Ibiúna, no fim de 2004, no entanto, não foi agradável para Sandra, que já tinha adotado a causa animal como a de sua vida.
“Nós encontramos tanta barbárie em Ibiúna, tanta coisa errada com as pessoas que tinham seus animais, que eu comecei a fazer um trabalho de conscientização e posse responsável. Infelizmente, fui mal interpretada e as pessoas começaram, de madrugada, a abandonar cães no portão do nosso sítio”, lembra Sandra. Foi em meio a esse cenário que Sandra e Francisco decidiram iniciar uma ONG.
Muitos dos cães da MaxMello são filhotes e recebem atenção especial para terem um crescimento saudável
O começo da MaxMello
Muitos dos cães da MaxMello são filhotes e recebem atenção especial para terem um crescimento saudável
Dois dos primeiros cães que chegaram até o casal foram Max e Mello, ambos sem raça definida. Quando apareceram, Sandra já se planejava para ter uma ONG e acolheu os animais em seu sítio. Max viveu poucos meses, pois tinha um câncer incurável. Mello, no entanto, viveu muitos anos e faleceu em 2017. Como foram os primeiros, deram o nome a aquilo que se transformaria em 2012, oficialmente, em uma organização não-governamental. Nesse momento, o casal já abrigava mais de uma centena de animais.
Entre 2004 e 2012, Sandra e Francisco arcavam com todos os custos da manutenção do sítio e do trato dos animais. Com o crescimento no número de cães e gatos acolhidos, eles entendiam que a transformação do abrigo em ONG facilitaria o recebimento de doações e ajuda de parceiros interessados em manter o local A partir daí, a MaxMello estava oficializada.
O funcionamento da ONG
Com o crescimento da MaxMello e a necessidade de ampliação do espaço para a ONG, Sandra e Francisco se mudaram para um outro sítio em Piedade, também no interior de São Paulo. Atualmente, a ONG abriga 450 cães e 38 gatos e conta com 6 funcionários, entre eles, o casal.
A MaxMello funciona a partir de doações. “Nós não temos nenhum tipo de incentivo governamental e nenhum patrocínio fixo, então 100% de tudo o que a gente necessita para o abrigo, ficamos na dependência de doações. O cenário é bastante desafiador todos os meses”, explica Adriana Caroni, que é voluntária administrativa da ONG. Entre as contas da organização estão pagamento de funcionários, trato e alimentação de animais (5 toneladas por mês, ou seja, 5 pacotes de 25kg por dia) e toda a infraestrutura do local.
Além de cães, a MaxMello também cuida de gatos que procuram por tutores
As adoções
Os três princípios pelos quais a MaxMello atua são recuperação, adoção e conscientização. No caso das adoções, a organização faz uma triagem para traçar o perfil do candidato à adoção. Adriana explica que a MaxMello procura garantir que os futuros adotantes entendam que os animais não são descartáveis, que precisam de atenção. “A partir de uma triagem nós filtramos uma quantidade pequena, de fato, de adotantes. A hora que você faz as perguntas, normalmente a pessoa abre o coração e aí saem algumas pérolas”, compartilha Adriana.
A MaxMello participa de feiras de adoção onde grande parte dos seus animais são adotados por famílias mais que especiais
A análise qualitativa da MaxMello faz com que o número de adoções não seja tão grande. No entanto, os casos têm 100% de sucesso. Na segunda etapa, há uma entrevista e averiguação da residência que receberá o animal e só aí a adoção é efetivada. O desenvolvimento da relação entre tutor e animal é acompanhada de forma intensa pela ONG. “Nosso processo de adoção é personalizado e há um elo bastante grande com os adotantes, exatamente pela proximidade”, explica Adriana.
A MaxMello compartilha também que a pandemia de coronavírus aumentou o número de adoções e doações. Com o isolamento social, muitas pessoas procuraram o local para encontrar uma companhia, o que, de acordo com Adriana, precisa de atenção redobrada. “Isso não pode ser uma empolgação. Eu já tive, esse mês, casos onde a adoção não se concretizou exatamente por isso”, diz. De acordo com ela, muitas pessoas querem um animal e nem sempre pensam no depois, no fim do isolamento. “O bichinho não é um objeto, ele tem sentimentos, ele sente dor, frio, medo, fome e é importante o trabalho da conscientização porque queremos sucesso na adoção”.
Parceria com o Instituto PremieRpet®
A MaxMello é uma das ONGs parceiras do Instituto PremieRpet®, braço social da marca PremieRpet® que incentiva pesquisas e ações que visem promover saúde, qualidade de vida e longevidade dos animais. Entre suas diversas atividades, está o apoio a ONGs como a MaxMello.
PremieRpet®. Existimos para tornar a relação das pessoas com animais de estimação a mais próxima, prazerosa e longa possível.