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Cidades mais sustentáveis, menos epidemias


Epidemiologista aponta que desmatamento e mudanças climáticas aumentam a probabilidade de vírus atingirem população humana

Definida pela Organização das Nações Unidas como um “um plano de ação para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade”, a Agenda 2030 reúne entre seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável metas que poderiam tornar as cidades mais preparadas para enfrentar pandemias como a Covid-19, que assola o mundo inteiro neste momento. Segundo Eduardo Faerstein, professor associado do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), epidemias podem se tornar cada vez mais comuns com desmatamento e mudanças climáticas.

A mudança de fronteiras agrícolas, com avanço da área de cultivo através do desmatamento, faz com que o ser humano entre em contato com áreas que não eram habitadas. Nestes ciclos silvestres, antes restritos, há animais hospedeiros intermediários e transmissores de vírus novos para nós. “Com o desmatamento, entramos em áreas antes desconhecidas, onde há microorganismo que o ser humano não tinha experiências”, explica o pesquisador. As mudanças climáticas, por sua vez, com o aumento de temperatura, colaboram para a proliferação de vetores como mosquitos, caso do aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika. Atender aos ODS diminuiria os impactos de epidemias.

Especificamente o ODS 11, que trata de Cidades e Comunidades Sustentáveis, traz sete metas que, segundo o pesquisador, são um norte para enfrentar o problema, ao tratar de temas como urbanização de favelas, expansão de transporte público, qualidade do ar, planejamento do desenvolvimento regional e apoio a países menos desenvolvidos por meio de assistência técnica e financeira.

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