Baixa atratividade de visitantes num prazo de cinco anos. É o que concluiu estudo de investidores para a instalação do Legoland — parque temático da Lego — em Paracuru, no Litoral Oeste. De acordo com Arialdo Pinho, titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), o documento foi apresentado ao Governo há duas semanas. “Eles mostraram que a carga nos primeiros anos era baixa. Consideraram a distância, mas, principalmente, a questão de infraestrutura insuficiente. Se fosse próximo a Fortaleza, seria bem mais fácil. Mas são um pouco mais de 100 quilômetros. Por conta disso, os números não foram satisfatórios”, disse. Em agosto do ano passado, o governador Camilo Santana havia sinalizado a negociação com investidores. Paracuru foi escolhida para atrair mais visitantes ao Litoral Oeste. Agora, Arialdo explicou que outras reuniões ainda devem ocorrer. “O Estado tem feito sua parte, desde a concessão de incentivos à estratégia para deixar o equipamento mais atrativo e rentável ao investidor”, apontou. No âmbito da hotelaria, Arialdo Pinho considera que a legislação ambiental para a instalação de empreendimentos será conversada internamente. “Vemos que o sistema que cuida das leis ambientais no Brasil não resolve o problema do investidor. Concedido um laudo favorável, diversos órgãos autuam o empresário. Precisamos rever essa questão. Estamos alinhando internamente para depois conversarmos com o trade. Vamos determinar áreas de interesse do turismo e qual será a regra para cada uma”, adiantou. Feito inteiramente com as tradicionais peças de montar da marca, atualmente existem parques temáticos da Lego nos Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca (sede da empresa), Dubai, Reino Unido, Japão e Malásia.