As exportações do Ceará somaram US$ 336,7 milhões, em janeiro e fevereiro deste ano, alta de 1,48% em relação a igual período de 2017 (US$ 332 milhões). O resultado acumulado, entre janeiro e fevereiro últimos, é o maior da série histórica iniciada em 2008. No cenário nacional, o Estado representou 0,98% da pauta brasileira, ocupando o 14º lugar no ranking das exportações nacionais. Os números, divulgados ontem, constam do levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
No cenário regional, o Ceará é o terceiro maior exportador do Nordeste, logo atrás da Bahia e Maranhão, representando 13,6% das vendas externas nordestinas. Já as importações cearenses resultaram, no período, em US$ 400,2 milhões, uma alta de 21,25% sobre os primeiros dois meses de 2017 (US$ 330 milhões). No cenário nacional, as importações cearenses representaram 1,5% do total nacional. No Nordeste, o Ceará é o quarto maior importador, participando com 11%.
Comportamento
Na análise mensal, as vendas externas cearenses em fevereiro deste ano totalizaram US$ 156,2 milhões, apresentando queda de 13,4% em relação a janeiro – sobre fevereiro de 2017, a queda foi de 10,9%. Já as importações somaram US$ 205,4 milhões, alta mensal de 5,48%, sendo 61,9% no comparativo anual. O saldo da balança comercial cearense no mês de fevereiro de 2018 foi deficitário em US$ 49,16 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 361,7 milhões, crescimento de 19,7% em relação à corrente comercial de fevereiro de 2017.
No bimestre, dos itens da pauta de exportações, o de produtos metalúrgicos, com valor de US$ 182,1 milhões, foi responsável por 54% do total exportado pelo Estado, com alta de 8,25% sobre o movimentado em igual período do ano passado. Em seguida estão calçados e suas partes, com US$ 47,4 milhões (14% das exportações do Estado). Frutas foi o terceiro setor que mais exportou nos dois primeiros meses de 2018, respondendo por 6,2% das exportações cearenses, com US$ 20,9 milhões. Sobre igual período de 2017, houve alta de 852,4% – sendo que melão e melancia representam 93% das exportações de frutas do período. Castanha de caju aparece em quarto lugar, com 5,3% da pauta, com o valor de US$ 17,9 milhões, com um crescimento de 4,8% na comparação anual. Ainda entre os primeiros bimestres de 2018 e 2017, o setor que apresentou maior crescimento acumulado foi o setor têxtil, com 42% de alta.