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Ceará: 100 crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção


Convidados do programa O POVO Quer Saber (Rádio O Povo - CBN) desta semana dialogaram sobre as razões para a disparidade. O programa contou com a participação da jornalista Luana Severo, do promotor Dairton Costa, da jornalista Rachel Gomes e do vice-presidente do grupo de apoio à adoção Acalanto Fortaleza, Lucineudo Machado.

O Ceará tem, hoje, 100 crianças e adolescentes disponíveis para a adoção — 80 em Fortaleza e 20 no Interior. Paralelamente aos que esperam entrar para uma família, 486 seguem na expectativa de se tornarem pais e mães. Os dados foram compartilhados pelo promotor de Justiça do Cadastro Nacional de Adoção e Programas de Apadrinhamento na Capital, Dairton Costa de Oliveira, no programa O POVO Quer Saber. Quanto tempo tenho que deixar a criança lá (em abrigos) para que a justiça entenda que não pode perder tempo? Para o promotor, a busca por um perfil específico é o que mantém a disparidade entre as filas de adotantes e de cadastrados para adoção. Ao mesmo tempo, o professor universitário e vice-presidente do grupo de apoio à adoção Acalanto Fortaleza, Lucineudo Machado, que também participou do programa, disse que a demora para destituição do poder familiar — atribuição da Justiça — atrasa o processo, fazendo com que, devido ao tempo perdido, as crianças saiam do perfil buscado. “Quanto tempo tenho que deixar a criança lá (em abrigos) para que a Justiça entenda que não pode perder tempo?”, questionou. Compreendendo a situação, mas pontuando as fragilidades do Poder Judiciário, Dairton ressaltou que é preciso reforço de equipes multidisciplinares e mais engajamento dos atores envolvidos no processo de adoção. Apadrinhamento Além de explicar o processo de adoção e abordar polêmicas como a adoção por casais homoafetivos, esta edição do O POVO Quer Saber aprofundou a discussão sobre apadrinhamento. Segundo Dairton Costa, o sistema estadual tem 88 padrinhos — entre afetivos, financeiros e de serviço. Os afetivos, detalhou, atuam como referência de família. “A expectativa é de que a gente tenha pelo menos um padrinho para cada uma das mais de 300 crianças acolhidas que temos”, projetou o promotor.

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