O Benedito Carlos Martins mora em São Gonçalo do Amarante, na comunidade da Parada, e participou do acendimento do Alto-Forno da CSP. Confira os relatos
O sopro inicial de ar quente, seguido do acendimento do Alto-forno – o famoso blow-in -, cinco anos atrás, consolidou o início da produção de placas de aço da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). No calor de mais de 2.000°C, dentro do Alto-Forno de 100 metros de altura, já foram produzidos 13,8 milhões de toneladas de ferro-gusa.
Desde o dia 10 de junho de 2016, quando a ansiedade encontrou a emoção do sucesso do blow-in, o aço de alta qualidade da CSP tem viajado o mundo e alcançado grandes resultados. O portfólio com mais de 300 tipos de placas da CSP já atende clientes em mais de 20 países, e conquistou as certificações de Qualidade (ISO 9001), Meio Ambiente (ISO 14001) e de Alta Tecnologia (International Automotive Task – IATF, Maxion Wheels, Siemens Gamesa, Caterpillar e Scania).
ABRAÇOS E EMOÇÃO NA PRIMEIRA CORRIDA
A cerimônia de celebração do acendimento do Alto-forno foi inesquecível para quem participou, reunindo acionistas e profissionais responsáveis pela construção da primeira siderúrgica integrada do Nordeste. É o que conta Germano Oliveira, coordenador de Operação da CSP e integrante do time desde março de 2015.
“É o sonho de todo alto-fornista participar do startup de uma usina. É uma oportunidade muito desejada, porque é um processo muito desafiador. Lembro desse dia, que me trouxe uma apreensão muito grande. E, graças a Deus, fizemos uma partida excelente.
Foi um dos melhores blow-in de Alto-forno que já participamos. E a maior satisfação é quando a gente vê a primeira corrida de gusa sair do cadinho. Eu lembro da equipe se abraçando e aplaudindo. Foi muito emocionante”, compartilha Germano Oliveira. “O que mais me surpreendeu foi o nível de tecnologia, com equipamentos de ponta e controles de alta performance. Meu primeiro desafio foi treinar e desenvolver a equipe.
E, até hoje, o fator que mais me motiva no trabalho é essa oportunidade que eu tenho, dentro das funções que eu exerço, de transmitir conhecimento. O mais bacana é que muitas dessas pessoas que nós treinamos, hoje, são líderes”, conta o coordenador de Operação.
MUITO SUOR E TRABALHO ÁRDUO
O gerente de Operação do Alto-Forno, Mitchel Magalhães, trabalha na CSP desde junho de 2014 e está há 14 anos na siderurgia. Na época do blow-in, ele tinha a função de coordenador da planta de Tratamento de Gás. “Cinco anos atrás, a gente nem imaginava como seria o dia de hoje. Hoje, a gente chega e, já da estrada, consegue visualizar a CSP e a enormidade que é esse empreendimento. Milhares de pessoas e famílias envolvidas, e muito desenvolvimento trazido para a região. Sinto uma sensação de dever cumprido, orgulho por ter feito parte desde o início, e de estarmos hoje com excelentes resultados de produção e de estabilidade do processo”, destacou Mitchel Magalhães.
O gestor ressalta ainda que esses cinco anos foram de muito suor e trabalho da equipe. “Não é um trabalho fácil, é árduo e envolve muita dedicação. Agradecemos a todos os envolvidos nesse processo – essa equipe maravilhosa que temos aqui na CSP”, enfatizou Mitchel Magalhães.
O André Brito é coordenador de Preservação e Refratário do Alto-Forno. Cinco anos atrás, ele trabalhava na construtora Posco E&C. “No período antes do acendimento, já se gerava muita expectativa sobre como seriam as primeiras placas de aço produzidas pela CSP. E com muito trabalho, nós conseguimos! Ao olhar o que todo o time vivenciou ao longo desses cinco anos, percebe-se que o amadurecimento e a união da equipe se fortaleceram. Nos enchemos de orgulho a cada desafio vencido e a cada etapa progredida”, disse o coordenador.
O CORAÇÃO DA USINA COMEÇA A BATER
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